Pontos importantes na avaliação do paciente com hérnia de disco

lombalgia

Seja você um fisioterapeuta que está há anos no mercado ou alguém que acabou de começar a atender, já deve ter se deparado com muitos casos de lombalgia, uma patologia que está sempre presente nos consultórios de fisioterapia e osteopatia, tanto em nível ambulatorial quanto em emergências. 

A hérnia discal lombar é o diagnóstico mais comum dentre as alterações degenerativas da coluna lombar e a principal causa de cirurgia de coluna. Ela pode ocorrer em todas as idades, sendo mais prevalente na terceira e quarta décadas de vida, acometendo 2 a 3% da população. Apesar de ser comum, muitos profissionais ainda têm dúvidas sobre a forma de avaliar o paciente, já que a hérnia de disco se manifesta de maneiras diferentes em cada pessoa.

Em decorrência da incapacidade que gera, a lombalgia é considerada um problema de saúde mundial. Mas, a verdade é que o nome é mais assustador do que a doença, já que, de acordo com um artigo científico publicado na Jusbrasil, a hérnia de disco apresenta ótimos resultados nos tratamentos manuais, com melhora de cerca de 80% dos casos, dentro de quatro a seis semanas. 

Um tratamento com fisioterapia e osteopatia é capaz de reduzir e até eliminar a necessidade da cirurgia para lombalgia. Portanto, se o fisioterapeuta souber diagnosticar corretamente o paciente que apresenta dores na região, ele pode devolver a saúde corporal de forma não-invasiva e da maneira mais confortável para o paciente. 

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Preocupe-se em educar o paciente sobre a sua saúde.

Uma pessoa diagnosticada com hérnia de disco pode ficar assustada e preocupada com seu estado de saúde. É fundamental que o fisioterapeuta identifique os sentimentos em relação a doença e também quais são as preocupações desse paciente. Muitas vezes, por falta de informação, ele acredita ter um problema muito maior do que realmente tem e essa tensão pode interferir no resultado do tratamento.

Compartilhar informações é uma forma de educar e tranquilizar o paciente. Aproveite para reforçar que a dor não é para sempre e o incentive a continuar no processo de reabilitação.

Sempre questione o diagnóstico trazido pelo paciente

Calma, não estamos falando para você invalidar o resultado do exame apresentado, mas sim questionar para entender se a queixa realmente faz sentido. Não são raros os casos em que o paciente chega ao consultório dizendo que tem hérnia de disco, mas na verdade não é essa a causa da dor.

O ideal é comparar o laudo do exame com o diagnóstico clínico feito com base no raciocínio osteopático – que analisa o corpo de forma geral. Há situações em que a dor do paciente é apenas resultado de uma sobrecarga lombar, neste caso, um tratamento direcionado para a hérnia de disco não seria efetivo. 

Preste um atendimento humanizado 

Uma avaliação feita com a atenção voltada para as questões do paciente é aquela que leva em consideração seus sentimentos, sua realidade e seus objetivos de vida. Para conseguir fazer isso, o profissional precisa sair da posição de detentor da informação para ouvir o que ele está dizendo.

O fisioterapeuta deve fazer perguntas sobre as perspectivas do paciente, seus maiores sonhos e as principais limitações físicas, para entender quais são seus desejos. Se o paciente responde que deseja fazer balé depois que sua dor for embora, o tratamento poderá ser direcionado para recuperar o corpo e prepará-lo para a atividade. Além da reabilitação corporal, as sessões servirão também para recuperar a autoestima e qualidade de vida. 

Durante a avaliação do paciente com lombalgia, leve a sério os testes ortopédicos, não economize recursos para confirmar o diagnóstico e, claro, continue buscando conhecimento e praticando a osteopatia para oferecer o melhor tratamento a seus pacientes.

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A osteopatia é uma carreira de saúde para profissionais que querem melhorar seus resultados clínicos e fazer a diferença positiva na vida do paciente. Quando o raciocínio osteopático é aplicado, ganha o paciente, que se vê livre mais rapidamente dos seus sintomas, e o fisioterapeuta, que cresce muito profissionalmente e pessoalmente.