Entenda mais sobre o que é a visão osteopática
Grande parte das publicações sobre osteopatia trazem afirmações de que o fisioterapeuta passa a olhar seu paciente de uma maneira diferente depois que se especializa na área. Essa mudança acontece devido à incorporação da visão osteopática nos métodos de diagnóstico e cuidados do profissional.
A osteopatia é um sistema que prioriza a avaliação aprofundada, para que o tratamento adequado seja aplicado com o objetivo de restabelecer a função das estruturas do corpo – articulações, músculos, ligamentos, fáscias, nervos, vísceras e ossos do crânio – através de técnicas manuais. Para que a fase de identificação do problema seja feita de maneira apropriada, o fisioterapeuta precisa desenvolver sua capacidade de analisar, criar relações, traçar a cadeia da lesão e raciocinar a respeito das intervenções cabíveis.
A visão osteopática colabora para que o fisioterapeuta ofereça atendimentos completamente distintos em pacientes que apresentam exatamente o mesmo quadro sintomático, pois não se trata de eliminar as doenças, mas sim devolver saúde para as pessoas. O profissional sempre irá considerar as estruturas envolvidas, o contexto e as queixas para buscar as possíveis disfunções que possam estar levando àquela dor. A maior prova de que esse formato de tratamento é eficaz, é que pacientes tratados com osteopatia apresentam melhoras significativas em poucas sessões!
A visão osteopática é sobre ser capaz de olhar para o paciente considerando sua integralidade
Os conceitos da osteopatia servem como base para qualquer tratamento, porque são sempre pautados pela visão abrangente que o profissional possui e que influencia na qualidade dos seus atendimentos. Convidamos o Dr. Murilo Moreira, Especialista em Osteopatia e Fisioterapia Esportiva, Membro Especialista AOB e SONAFE e Fisioterapeuta do Exército Brasileiro, para falar sobre o olhar que a osteopatia traz para a vida do fisioterapeuta.
“Fundamentalmente, a partir do momento que se desperta a compreensão das inter-relações envolvidas no raciocínio osteopático, o que demanda tempo e esforço, o olhar do terapeuta ganha maior abrangência, saindo da superficialidade da visão estrutural ou meramente da sintomatologia. Ele passa a enxergar além do espectro físico e é assim que se aproxima da almejada “visão osteopática”, que sempre está em evolução, afinal, é a maneira de olhar além do alcance da previsibilidade!
“É preciso um estudo aprofundado, mas nem poderia ser mais fácil, pois é justamente essa particularidade da formação que diferencia a abordagem e consequentemente os resultados clínicos.”
Acredito que todos que optam conscientemente por imergir nesse maravilhoso universo de possibilidades que a osteopatia abre, sabem que o caminho é árduo e de muita entrega. É preciso um estudo aprofundado, mas nem poderia ser mais fácil, pois é justamente essa particularidade da formação que diferencia a abordagem e consequentemente os resultados clínicos. O “produto” que oferecemos depende da capacitação na resolução dos anseios dos pacientes, essa é a razão pela qual, naturalmente, o tempo e volume de atendimentos reduzem na medida que nos permitimos agregar valor nos honorários aplicados.
Em relação às mudanças trazidas pela visão osteopática:
“Antes mesmo da Formação em Osteopatia na EOM, minha prática clínica continha elementos dos conceitos osteopáticos. Fiz formação em Terapia Manual, além de vários cursos ministrados por excelentes osteopatas, que me instigaram a trilhar por essa especialidade vocacional, com isso, agreguei prestígio, confiabilidade (dos clientes/ pacientes e demais profissionais da saúde), entregando o que há de mais valioso: resultado. E o melhor, superando as expectativas, baseado em conceitos consolidados em anatomia, biomecânica, neurofisiologia, anatomia, embriologia, diagnóstico diferencial, anatomia, fisiologia…(ah, eu já mencionei Anatomia??) ?”
Dr. Still, o criador da osteopatia, deixou a ideia de que o corpo humano é uma unidade integrada na qual estrutura e função são recíprocas e ao mesmo tempo interdependentes. Para ele, qualquer tecido ou sistema corporal só pode funcionar bem se a estrutura estiver adequada, pois se houver algum desequilíbrio, cedo ou tarde isso se transformará em uma dor, sintoma ou patologia. Na visão osteopática, tudo deve ser considerado e todas as frentes do corpo humano precisam ser observadas.
Entender o todo faz a diferença. É sobre isso que a visão osteopática fala: perceber que os sinais e sintomas clínicos de cada paciente são as consequências da interação de múltiplos fatores físicos e não apenas uma única causa!
Se você se interessa pela maneira de avaliar da osteopatia, faça parte da família EOM