Raciocínio osteopático: um dos fatores que favorecem os bons resultados dos tratamentos em atletas
Você já deve saber que o raciocínio osteopático é uma das coisas mais valiosas da osteopatia, certo? A partir do momento em que o fisioterapeuta tem contato com ele, a forma de pensar em seus atendimentos mudam e os pacientes sentem a diferença, principalmente os da área esportiva, que exigem cuidados ágeis e intensos.
Sobre o raciocínio osteopático:
O fisioterapeuta que se especializa em osteopatia passa a avaliar o paciente de maneira integralizada. O raciocínio osteopático envolve um amplo conhecimento do corpo humano e de todos os processos envolvidos em seu funcionamento. Somente quando entende os aspectos dessa maneira de olhar e alia isso ao conhecimento que possui, é que o profissional consegue aplicar o raciocínio osteopático em seus atendimentos.
O Dr. Randy Marcos, coordenador da EOM Recife, atua na área esportiva desde sua graduação em fisioterapia e trabalha diretamente com o comitê paralímpico brasileiro e internacional. Ele reforçou a importância do raciocínio osteopático para o trabalho do fisioterapeuta esportivo com base em suas experiências:
“Eu trabalho fazendo a avaliação de atletas com deficiência física, para que eles possam competir com outros atletas que tenham a mesma dificuldade de função, não a mesma deficiência, porque você pode ter a mesma deficiência e ter função diferente. A visão e o raciocínio osteopático globalizado, integrando o corpo em sua função, me ajudaram a otimizar os resultados.”
O mais interessante do raciocínio osteopático é que ele se aplica em todas as questões que envolvem a saúde, conforme contou o Dr. Randy “em relação ao dia a dia do consultório, ele tem me ajudado muito em atletas corredores, triatletas e até atletas de jogos coletivos, como futebol e basquete, onde a gente leva esse raciocínio globalizado para melhorar a performance. Muitas vezes, algumas patologias mecânicas do jogo têm uma relação direta com alguns desequilíbrios fisiológicos e orgânicos, devido a estresses que os atletas são submetidos, então, a visão da osteopatia é fundamental!
Eu recomendo para os fisioterapeutas que desejam atuar com esportes que entendam sobre o raciocínio osteopático. Perceber o corpo como unidade faz total diferença! Mediante a integração dos órgãos e sistemas, você pode gerar uma harmonia, para que seja executada a atividade esportiva de forma categórica, não jogando a culpa apenas para o sistema musculoesquelético do atleta. Sabendo que entendemos o indivíduo como biopsicossocial, dentro do modelo integrativo, avaliamos que o atleta também recebe muita pressão do social, que é a sociedade, do psico, pela vontade de crescer, e biológico pela sobrecarga do estresse que é ser um atleta. Tudo deve ser considerado!”
A avaliação realizada pelo fisioterapeuta esportivo fica mais criteriosa com a aplicação do raciocínio osteopático
O Dr. Andrew Taylor Still, criador da osteopatia, dizia que ela se baseia na perfeição da obra da natureza. Quando todas as partes do corpo humano estão alinhadas, gozamos de saúde. Quando não estão, o efeito é a doença. O raciocínio osteopático segue essa visão que destaca a importância de cada sistema do corpo, então, quando um fisioterapeuta está avaliando o paciente, ele sabe que a dor nem sempre está onde parece estar.
“A osteopatia faz a diferença na avaliação do sistema nervoso autônomo e na avaliação do movimento, até mesmo para encontrar onde está o movimento deficitário do atleta. Com a visão osteopática eu consigo entender de onde está vindo o problema e quais as adaptações que o corpo está fazendo para gerar esse movimento disfuncional.” Essa declaração do Dr. Felipe Luís Chiachiri de Mello, monitor EOM e fisioterapeuta especializado na área esportiva, mostra o que é o raciocínio osteopático no prática!
Dr. Felipe também compartilhou como essa maneira de avaliar contribui com os tratamentos de lesões, “as lesões mais comuns em que aplico o raciocínio no esporte são, principalmente, as pubalgias. Pubalgias de origem de hipomobilidade de restrição de movimento do tornozelo, devido a histórico de entorse de tornozelo que levam a compensação no púbis. Esse caso é interessante e mostra bem a importância do raciocínio osteopático.”
O melhor da osteopatia é como ela te ajuda a raciocinar da maneira mais adequada para cada caso. Essa frase é uma afirmação que está sempre nos depoimentos dos profissionais que se especializam na EOM. Se você deseja saber mais sobre esses estudos e conhecer o raciocínio osteopático, fale com a gente agora!