Adaptações da EOM exigiram mais dos monitores: veja como está sendo a experiência para eles
Resiliência. Começamos este artigo com a palavra que tem feito parte da vida de todas as pessoas envolvidas nas operações da EOM. Assim como os alunos precisaram organizar sua rotina para estudar em casa, os docentes, coordenadores e monitores também passaram pelo desafio de descobrir novas maneiras de realizar seu trabalho, gerir o tempo e buscar novos conhecimentos para o período.
A adaptação temporária das aulas online reforçou um ponto que acreditamos: o foco de uma escola não pode estar apenas no ensino. Deve estar na aprendizagem. Garantir que os fisioterapeutas que estão se especializando em osteopatia saiam de cada aula com uma nova informação que agrega valor ao seu trabalho é o mínimo que deve ser feito por parte da instituição. Para isso, a metodologia de ensino precisa seguir excelente e fazer jus a história da Escuela de Osteopatía de Madrid, sob qualquer circunstância. Pensando nisso, optamos por potencializar o treinamento dos monitores e prepará-los para oferecer o suporte aos alunos.
O que fazem os monitores nas atividades da Escuela de Osteopatía de Madrid?
Os monitores são responsáveis por acompanhar os docentes durante as aulas, para tirar dúvidas e acompanhar o desempenho da turma. Agora, com as atividades extras que foram inseridas no calendário acadêmico, eles estão envolvidos em outros projetos. Como bem disse Peter Parker, em um dos quadrinhos do Homem-Aranha, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades” e com grandes responsabilidades, grandes exigências. Por isso, os monitores EOM estão passando por uma série de treinamentos online.
Como a dinâmica das aulas mudou, entendemos que é importante combinar mais de uma metodologia de ensino e trazer experiências que façam sentido. Visando manter o nível de ensino, característico da Escuela de Osteopatía de Madrid, os monitores estão sendo orientados pelo Dr. Rogério Queiroz, diretor geral da EOM Brasil, e o Dr. Felipe Amatuzzi, docente EOM e responsável pelo Departamento Científico da escola.
Os profissionais estão compartilhando informações sobre como deve ser uma aula, quais os aspectos que garantem que o aluno conseguirá assimilar a informação passada, recomendações de comportamentos e quais as características de um ensino bem aplicado. Entre tantos aprendizados, a lição que se destaca é: quando as circunstâncias mudam, não podemos hesitar em procurar conhecimento e maneiras de evoluir. O Dr. Guilherme Faleiro, Fisioterapeuta especialista em osteopatia (AOB), formado pela Escola de Osteopatia de Madrid e monitor nível 3 da EOM, participou de um bate-papo rápido e nos contou como tem sido as últimas semanas:
- De que maneira as adaptações para o período de isolamento domiciliar afetaram sua rotina de estudos e trabalhos?
A pandemia me pegou de surpresa, na verdade, a todos nós. Apesar da rotina de consultório e aula ser bastante corrida, eu sempre tinha uma organização dos meus horários, separando meus momentos de trabalho entre consultório, universidade e monitorias, além dos estudo e lazer. Agora, me vi tendo que me adaptar do dia para a noite, pois continuei trabalhando de casa, na verdade, bem mais desta vez.
O primeiro mês foi bem intenso, o que me sacrificou os finais de semanas. Passei a sentar na frente do computador das 7:00 até as 00:00 e, às vezes, bem mais, para dar conta da demanda de trabalho, mas dentro desse processo sempre colocava minhas metas de estudos para não acumular. Hoje estou mais tranquilo, acredito que mais adaptado, consegui organizar melhor minha agenda e meus estudos sem esquecer dos momentos para minha família e lazer.
- Como tem sido a experiência de monitoria online?
Na primeira oportunidade tive um pouco de ansiedade, estava tentando entender como tudo isso funcionaria, mas queria desempenhar meu papel da melhor forma possível para auxiliar o professor e proporcionar uma experiência positiva aos alunos. Fomos instruídos pelo professor em uma reunião antes da aula, para alinhar nossos deveres e competências, depois seguimos com a aula.
Tem sido bastante positivo! Quando estamos como monitores, sempre estamos atentos aos pontos importantes da aula, como ajudar o professor em algumas dúvidas dos alunos pelo chat, avisando sobre um aluno que esteja querendo fazer uma pergunta ou adicionando alguma informação que possa contribuir com a aula junto ao professor. Nas aulas presenciais, sempre tive a impressão de que os monitores formam um time, com o professor sendo o capitão e um objetivo único de proporcionar a melhor experiência possível aos alunos e mantive essa sensação nas aulas online, graças ao entrosamento junto ao professor e aos outros colegas monitores.
- Você participou de treinamentos para prepará-lo para as aulas, certo? Quais os maiores aprendizados?
Para mim, uma das maiores vantagens em ser monitor são os treinamentos de docência. Eu comento com os novos monitores, falo para aproveitem essa oportunidade, pois sempre é um processo de transformação tanto pessoal quanto profissional. Saímos melhores do que entramos, pois aprendemos a ampliar a visão sobre nós mesmos e sobre as aulas, passamos a identificar novas formas de passar um conteúdo para melhorar a absorção dos alunos, aprendemos a identificar nossos defeitos e também a fazer uma autocrítica com o objetivo de melhorar a didática.
“Saímos melhores do que entramos, pois aprendemos a ampliar a visão sobre nós mesmos e sobre as aulas”
Nos últimos encontros que participei, a escola falou muito na modernização do ensino. Fiquei encantando com os modelos de ensino que vinham sendo pensados e desenvolvidos e isso me fez parar para refletir muito sobre como tudo isso iria se desenvolver, além de pensar em novas estratégias para contribuir para a escola.
- Você, na vida pessoal, consegue tirar alguma lição com o que tem vivido na EOM?
Sempre fui muito entusiasta em relação a seriedade da escola em lidar com as questões do ensino e como se adapta às necessidades que lhe são exigidas, e eu levo isso para minha vida: trabalho sério, adaptação e resiliência.
Toda transformação começa em um ponta e reflete na outra. Se os monitores aprendem mais, consequentemente, os alunos aprendem melhor. É um erro pensar que o ensino online está pautado apenas a tecnologia, mesmo que seja uma experiência temporária. A Educação está em nosso DNA e ensinar, acima de tudo, é falar sobre pessoas. Pessoas que ensinam, pessoas que aprendem. Estimular o desenvolvimento delas nesta fase que exige crescimento é o mínimo que podemos fazer.
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