Como a osteopatia e a RPG se relacionam?
Não muito diferente dos propósitos da osteopatia, a RPG é uma metodologia que tem como objetivo a reeducação do sistema de sustentação postural e a conscientização corporal. Podemos dizer que o profissional de RPG só tem a ganhar quando acrescenta na sua formação o estudo da Osteopatia.
Sabemos que todas as partes do corpo funcionam de forma integrada. Ou seja, se uma das partes tem mobilidade restrita, as restantes sofrerão adaptações e compensações, fazendo com que o corpo se acostume a uma postura inadequada. Isso pode causar dor, rigidez e desconforto, principais causas que fazem o paciente buscar o atendimento do profissional de RPG. O criador da osteopatia, Dr. Still dizia “Quando através da nossa intervenção ajustamos aspectos físicos para atender às suas demandas, a natureza se incumbe de nos reorganizar e a saúde se torna natural novamente.” Com isso, as duas áreas concordam!
Por ser um sistema de tratamento que ajuda a aliviar, corrigir disfunções, recuperar lesões musculoesqueléticas e alterações orgânicas em geral, a osteopatia tem seu diagnóstico e tratamento baseado na anatomia, fisiologia e patologia do corpo humano. Com ela, o fisioterapeuta estuda de forma profunda todo o sistema músculo esquelético, visceral, cranial e metabólico. Esse embasamento permite que ele realize um trabalho de maior efetividade na RPG.
Para ter mais claro qual a relação entre as duas áreas, vamos entender melhor o que cada uma faz.
- O que é a RPG?
Método que envolve uma série de posturas sustentadas que visam realinhar as articulações, alongar os músculos e demais tecidos encurtados e melhorar a ativação da musculatura oposta a esses encurtamentos. Todo o trabalho é feito para evitar as assimetrias posturais e desalinhamento.
- O que é Osteopatia?
Método de avaliação, tratamento e prevenção de problemas de saúde através do reequilíbrio dos tecidos do corpo. O raciocínio osteopático é baseado no princípio de que o bem-estar de uma pessoa depende da harmonia entre todas as suas partes: ossos, músculos, ligamentos, tecido conjuntivo e órgãos ou vísceras.
A Dra. Nancy Basovnik, Fisioterapeuta especialista em Osteopatia pelo COFFITO, optou por estudar osteopatia mesmo tendo alguns anos de atuação com RPG. Quer ver como foi sua experiência? Leia o depoimento a seguir!
“Eu sou fisioterapeuta formada pela PUC Campinas e conheci a osteopatia através de uma amiga minha que era paciente do Dr. Rogério Queiroz. Como tinha escutado falar muito bem, decidi passar por um atendimento.
Quando passei pela consulta, gostei muito, pois senti que melhorou meus desconfortos. De alguma forma, comecei a fazer ligações com minha área de atuação e pensei que se eu fizesse a formação em osteopatia, poderia resolver algumas questões com meus pacientes de maneira diferente. Estava claro que era um conhecimento que iria complementar tudo o que já tinha visto na RPG, porque com as informações que eu tinha até ali, não conseguia ajudar completamente alguns pacientes mais complexos, com patologias concomitantes. Parecia que faltava algo mais para o resultado ser melhor ainda, como eu gostaria que fosse, sabe?
Eu trabalhava muito bem com a RPG, mas sentia que faltavam algumas coisas, algo mais profundo e pontual. A sensação era de que, em algumas questões, se eu tivesse mais um pouco de recursos poderia ajudar mais essas pessoas que tinham coisas mais profundas. Por isso, fui fazer a formação. E realmente foi um grande diferencial!
Tanto a RPG quanto a osteopatia são dois marcos importantes na minha formação, na forma de entender a saúde e na maneira de utilizar os recursos que temos para ajudar na qualidade de vida das pessoas que nos procuram.
Na RPG a gente trabalha muito com alteração postural e tinha alguns diagnósticos que me incomodavam, como a escoliose de origem idiopática, que do ponto de vista ortopédico existe, mas nem sempre se explica. Quando estudei osteopatia a fundo eu consegui entender que essa questão tinha sim uma causa. Existia uma possibilidade de resolução muito maior do que apenas se conformar ou pensar que existe uma coisa sem explicação.
Quando cheguei na fase de estudar a osteopatia pediátrica, vi que muitas das causas consideradas idiopáticas ou desconhecidas na ortopedia ou na fisioterapia tradicional eram explicadas do ponto de vista epigenético. A gente consegue ver, trabalhar e prevenir essa possível causa no desenvolvimento de assimetrias cranianas ou posturais no bebezinho e na criança durante sua fase de crescimento. Essa possibilidade da atuação da osteopatia de forma tão precoce sempre me encantou e agora me permite outra compreensão de muitos componentes antes considerados idiopáticos. Por isso, sigo estudando cada vez mais nesse âmbito da pediatria. No contexto dos adultos, a especialização agregou valor e trouxe possibilidades de resolver mais pontualmente questões que antigamente eram muito mais difíceis.
Se eu puder resumir em poucas palavras, a osteopatia aliada ao RPG me aproximou de um conhecimento mais profundo, e maior resolutividade de questões mais crônicas e problemas mais agudos como também a possibilidade de entender melhor a origem e a causa de muitos problemas. É um processo muito envolvente, reconfortante e satisfatório!”
A osteopatia é uma área que respalda não apenas o tratamento, mas também a carreira do fisioterapeuta e a projeção e o reconhecimento do seu nome no mercado. Se você ainda precisa de argumentos sobre como a osteopatia pode contribuir com seu atendimento na RPG, pense que ela te levará a um diagnóstico mais preciso, permitindo que você crie uma estratégia de atendimento mais eficiente, com resultados rápidos e duradouros. Seus pacientes sairão muito mais satisfeitos!
Quer entender melhor sobre os benefícios da osteopatia?