Especial Dia das Mães: como osteopatia e maternidade se relacionam?
A osteopatia é uma abordagem com metodologia própria, desenvolvida nos Estados Unidos, pelo Dr Andrew Taylor Still em 1874. Desde sua criação, ela vem sendo operada por mulheres fortes que dedicam suas vidas a tratar e recuperar a saúde de outras pessoas. Mas, e quando os filhos chegam? Será que as profissionais continuam exercendo sua função com tranquilidade mesmo vivendo a combinação osteopatia e maternidade? Sem dúvidas!
Dentro da Formação em Osteopatia, a mulher estuda de forma profunda todo o sistema muscoesquelético, visceral, cranial e metabólico. Ela adquire mais experiência também na prática da intervenção manual sobre os tecidos como articulações, músculos, fáscias, ligamentos, cápsulas, vísceras, tecido nervoso, vascular e linfático e se capacita para oferecer um diagnóstico mais preciso, que resulta em um atendimento mais eficiente, com resultados rápidos e duradouros.
Sobrepondo todos os conhecimentos, há um ponto forte na prática do raciocínio osteopático, considerado indispensável para o sucesso das sessões: a sensibilidade. Ser empático ao avaliar seu paciente, ter compreensão para entender suas limitações e saber que cada corpo responde de uma maneira é a chave para que a osteopatia faça sentido para o profissional e o paciente. É nesse momento que as futuras mães saem ganhando. A experiência da maternidade é transformadora e permite que a mulher enxergue o mundo de outra maneira.
Quando a maternidade chega, a profissional e a mãe se misturam para aprimorar suas habilidades!
A Dra. Gislaine Grejanin, monitora e supervisora EOM, viveu essa realidade: ” A osteopatia me ensinou a cuidar mais da Yasmin, não só como mãe, mas com uma visão integral para cuidar também de sua saúde. A sensibilidade e a forma de agir em cada situação ao atender um paciente também foram influenciadas pela maternidade, que foi uma grande dádiva em minha vida” Não temos dúvidas de que uma vivência complementa a outra.
Quando a mulher se sente feliz por ser mãe e consegue conciliar isso com a vida profissional, ela encontra um caminho para realizar seus projetos de vida, com a garantia proporcionada pela estabilidade profissional de uma carreira consolidada. A sensação de dever cumprido vem em dobro!
Falando em satisfação, imagine a experiência de utilizar o raciocínio osteopático para cuidar, não apenas das pacientes que se tornaram mães, mas também dos filhos e netos delas?
A Dra. Adriana Lacombe, fisioterapeuta osteopata formada pela EOM, compartilhou um pouco dessa sensação com a gente. Veja a seguir!
“Quando eu comecei a trabalhar como osteopatia, eu já era mãe. A experiência da maternidade, do próprio puerpério, momentos da amamentação e tudo que vivi nesse processo, me trouxeram uma bagagem de experiência muito importante, principalmente agora que trabalho apenas com bebês. A tomada de decisão, a empatia, a percepção do que é aquele momento para a família, sem dúvida nenhuma, é uma experiência muito importante.”
Ela conta que a primeira vez que recebeu filhos de pacientes foi engraçada,”Meu Deus, estou envelhecendo, rsrs! Essa situação sinaliza que o tempo está passando e carreira está longa, foi muito mais interessante ainda quando comecei a receber os netos. Quando você começa a receber o segundo bebê da família, você tem uma ideia de como o seu trabalho está se perpetuando ao longo dos anos, isso é muito bacana.”
Investir em uma especialização é um passo importante para a carreira da mulher, mas quando a atenção está dividida entre a família e a maternidade, alguns desafios surgem pelo caminho. E agora? Será que é possível obter sucesso em todas as questões?
Segundo a Dra. Adriana, a escolha da maternidade e da carreira é sempre muito difícil para a mulher. “Eu costumo dizer que, em algum momento da minha vida, eu perdi a oportunidade da mediocridade, de ter uma carreira um pouco menos intensa. Hoje em dia, sempre tenho muito trabalho, porque eu sempre trabalhei muito, coisa de 12 horas fora de casa, desde que minha filha era muito pequena, ela tinha 2 meses quando voltei a trabalhar.
Em um primeiro momento, isso foi muito difícil para mim. Eu sabia que essa falta faria uma diferença importante na vida dela, mas agora eu vejo que, de certa forma, foi muito positivo. Ela vê a minha relação com o trabalho, a dedicação e o afeto que eu tenho pelo meu trabalho e acabou indo para a área da saúde também. Com frequência, ela fala que quer ser um destaque na carreira dela como eu vê que eu sou. Ou seja, minha dedicação se tornou um exemplo.
A questão é que é um peso muito grande para a mulher, porque muitas vezes você vai precisar abrir mão de alguns pedaços da sua carreira. Talvez uma aula, uma viagem, um grupo de estudos, algumas coisas realmente exigem muito de nós. Essa tomada de decisão é complicada, mas eu falo que é como aquela imagem do equilibrista de pratos do circo: de vez em quando, você tem que rodar um pouco mais um dos pratinhos. É um esforço enorme, mas é muito gratificante. Quando você vê que dá conta de fazer tudo aquilo, de equilibrar todos aqueles pratos…é demais!
Uma vez eu falei que estava muito feliz em ser razoável em tudo, como mãe, mulher, profissional e as pessoas responderam falando que eu não tinha nada de razoável, que eu era excelente, mas eu acho que a palavra razoável, semanticamente, é tudo o que eu gostaria de ser. Porque se você for excelente em alguma coisa, é provável que não será em outra, aí o prato cai. Meu objetivo era ser razoável. Tem hora que eu sou mais excelente em um ponto, em outros menos, mas é um equilíbrio desafiador, principalmente para a mulher, porque sem dúvidas nenhuma a relação dos filhos com a mãe é diferente. Não quero dizer que é melhor ou pior do que com os pais, apenas é diferente.
“É um esforço único para manter todas as pontas da vida em ordem, mas também penso que a mulher tem essa capacidade.”
Então, eu acho que para nós é um esforço único para manter todas as pontas da vida em ordem, mas também penso que a mulher tem essa capacidade. Uma das coisas mais difíceis é a amamentação. Quando você volta ao trabalho, na realidade do autônomo, por exemplo, que não tem os meses de licença maternidade exclusiva, é um esforço bem grande, mas é possível. Ao mesmo tempo, você pode diminuir seu ritmo de trabalho por um tempo maior. Sempre é possível, eu penso que sempre é possível da forma que dá para você. De vez em quando acelera, depois reduz a velocidade, sempre tentando deixar nenhum prato cair.”
A relação entre a osteopatia e a maternidade vai muito além das ocupações que uma pessoa executa e de suas habilidades técnicas. Ela é formada pelo ato de cuidar, pela sensibilidade e pela determinação em fazer o bem na vida do outro. Juntas, são o elo que complementa a vida da mulher!
A Formação em Osteopatia é um dos seus sonhos?
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