Osteopatia: você sabia que esses fatores também fazem parte do tratamento osteopático?
Um profissional de osteopatia deve ser excelente ao diagnosticar, assertivo ao aplicar o raciocínio osteopático e habilidoso para fazer as manipulações corretas, certo? Certíssimo! Além desses três pontos, que são intrínsecos ao atendimento, é recomendado que ele considere e saiba orientar seus pacientes sobre temas envolvidos na busca pela saúde, como alimentação saudável, exercícios físicos e a inteligência emocional – pois é, o diferencial da osteopatia é que ela permite que o fisioterapeuta olhe além do convencional!
Quando você está atendendo seu paciente, não está ali apenas para fazer uma técnica que irá retirar a dor ou facilitar o movimento, o objetivo é reabilitar a saúde. O raciocínio osteopático fala sobre diagnosticar o paciente de maneira integral, considerando seu histórico de vida, seus hábitos, seus traumas e suas expectativas para possibilitar que o corpo retorne ao equilíbrio natural.
Segundo Dr. Still, o criador da osteopatia, o corpo é capaz de se autocurar, pois tem em si todos os meios necessários para evitar ou eliminar doenças. É necessário apenas que tudo esteja em harmonia para funcionar corretamente, nesse sentido, a osteopatia atua para colocar os tecidos em ordem, para que o próprio organismo possa encontrar a resposta. Com esse conceito, fica claro que o fisioterapeuta osteopata deve ser um agente de conscientização e motivação da busca pela vida saudável nos pacientes.
O profissional que deseja oferecer um tratamento osteopático de qualidade, deve se atentar aos fatores que influenciam no processo da manutenção da saúde, entre eles:
- Alimentação saudável
- Atividade física
- Arteterapia
- Conversas
- Terapia manual
“Para um tratamento osteopático completo, hoje em dia, também observamos a integralidade da pessoa que se senta à nossa frente”
Dr. Rogério Queiroz, diretor da EOM Brasil
O Dr. Rogério Queiroz, diretor da EOM Brasil, compartilhou sua opinião sobre essa visão da osteopatia:
“Desde sua criação, a osteopatia entende o ser humano como uma entidade integrada de corpo, mente e espírito. Tanto que em 1913, quando criou o Sanatório Still-Hildreth, o Dr. Still propunha como tratamento osteopático completo a alimentação orgânica, atividade física, a arteterapia, as conversas e o TMO (Tratamento Manual Osteopático). Ele já sabia que as manifestações físicas e mentais são o produto de tudo o que acontece com o indivíduo, seja na dimensão biológica, psicoafetiva ou social.
Por isso, para um tratamento osteopático completo, hoje em dia, também observamos a integralidade da pessoa que se senta à nossa frente. Pelo que ela já passou? Quais são seus hábitos de vida? Como ela se cuida? No que ela acredita? Essas são algumas das perguntas que sempre temos que ter em mente para elaborar a melhor estratégia de tratamento. Esse entendimento do ser humano integral e como tudo se relaciona no corpo pode ser a chave decisiva para que uma proposta de tratamento tenha sucesso ou não.”
Na Escuela de Osteopatía de Madrid promovemos eventos, práticas e rodas de conversas que ajudam o profissional a assimilar a importância de todas as frentes da saúde. Sabendo que o corpo busca o equilíbrio em todos os momentos, de que maneira o profissional pode contribuir neste caminho? É com essa reflexão que os alunos vão para casa exercitar o que foi aprendido e ao encontrar as respostas, também encontram o caminho para um tratamento excelente.
Quando o fisioterapeuta osteopata se preocupa em entregar um tratamento integral, valorizando todas os aspectos da saúde, além do raciocínio osteopático e das manipulações, os resultados costumam ser fantásticos. Isso é osteopatia!
