Especial dia das mães: veja a relação entre osteopatia e gestação

O período de gestação é cheio de surpresas maravilhosas, com emoções e o prazer inexplicável de ver uma vida crescendo dentro da mulher. Mas, com elas, vêm as várias mudanças no corpo, entre elas a alteração postural, alterações hormonais e variações de humor. Todas essas modificações podem influenciar no estado de ânimo da mulher, trazendo dores e desconfortos ao longo dos nove meses. Para aliviar esses sintomas, a osteopatia e gestação é uma ótima combinação.

A osteopatia é indicada para as mães que desejam passar por uma gestação mais tranquila. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde recomenda o tratamento com técnicas adequadas para cada fase da gravidez, diminuindo os sintomas e permitindo uma melhor vivência deste período tão importante. Em cada mês, o fisioterapeuta osteopata atuará para restaurar o equilíbrio entre os vários sistemas do corpo e, assim, diminuir os desconfortos, ajudando a mãe e o bebê a encontrarem o melhor estado de desenvolvimento. 

Como a osteopatia melhora a saúde da mulher ao longo dos nove meses de gravidez? 

 

  • Primeiro, segundo e terceiro meses

 

O começo da gravidez chega trazendo alterações fisiológicas causadas principalmente pelas alterações hormonais, que podem causar enjoos e desconfortos. Nesse momento, a osteopatia estimula o funcionamento natural do corpo e ameniza os sintomas comuns à essa fase. Mas, atenção: é recomendado que o osteopata e o médico obstetra que acompanha a gestação estejam alinhados para proporcionar um período de adaptação confortável nos três primeiros meses.  

O raciocínio osteopático é sempre focado no paciente, estimulando a autocura do corpo. Sendo assim, nos primeiros meses de gravidez o fisioterapeuta avaliará as condições da mulher, seu histórico de vida e o contexto da gestação, para, depois, tratar os pontos necessários do corpo e trabalhar cada dor. Naturalmente, esses estímulos são bastantes suaves, ainda mais durante a gestação, não havendo riscos para o bebê que está se formando.

 

  • Quarto, quinto e sexto meses

 

A partir do quarto mês a mulher já pode sentir as alterações corporais, as dores na coluna começam, assim como sintomas no sistema muscular estabilizador e vísceras. É comum que apareçam náuseas, refluxo ácido, constipação, distúrbios do sono, alterações vasculares e dores, além da exaustão. Então, aqui, a osteopatia age para aliviar essas sensações ruins e estabilizar o corpo. 

A maior importância da osteopatia no meio do período gestacional é que, quando o corpo da mamãe está em equilíbrio, relaxado, com a circulação fluindo bem e com todos os seus sistemas funcionando em perfeita ordem, o bebê também se beneficia, pois ele consegue se desenvolver melhor no útero. Isso permite que ele se cresça com o máximo de saúde enquanto a mulher melhora sua disposição e qualidade de vida. 

A frequência do tratamento durante depende das necessidades da gestante. O osteopata é capaz de fazer um trabalho preventivo, percebendo antecipadamente as alterações posturais que aumentam o risco de desenvolver dores.

 

  • Sétimo, oitavo e nono mês. 

 

Aqui é o momento em que a mamãe está com a ansiedade em alta e o bebê já pesa um pouco mais! Durante a reta final da gravidez, o fisioterapeuta osteopata trabalhará a região da bacia para garantir a mobilidade adequada, essencial para a passagem do bebê. Ele também dará atenção especial para o períneo para reequilibrar a sua tensão e relaxar.

Em paralelo a isso, o profissional atua para regular o corpo e mantê-lo funcionando bem, apesar das alterações estruturais. Por fim, a osteopatia pode auxiliar no parto, pois promove um aumento da consciência corporal da gestante, reduz os pontos principais de dores que ela apresenta, além de poder trabalhar com o relaxamento dos tecidos, o que pode ocasionar em um parto mais facilitado e com menos riscos de traumas para a mãe e para o bebê

Por ter um amplo conhecimento de anatomia e biomecânica, o fisioterapeuta é capacitado para acompanhar a mulher, inclusive, no momento do parto. A Dra. Sofia Mantovani Rottoli, Fisioterapeuta pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), aluna formada pela EOM e doula pelo DONA International, atua diretamente com gestantes. Em entrevista com a EOM Brasil, ela nos contou um pouco da sua experiência. Confira na íntegra! 

O período de gestação é uma fase de grandes mudanças, tanto corporais quanto emocionais. Uma nova relação com o corpo e com o mundo acontece. Por isso, ter profissionais que ajudem com essas mudanças é sempre importante. 

A osteopatia é uma filosofia que enxerga a pessoa de forma integral, e durante a gestação não seria diferente. Essa linha de raciocínio é seguida na terapia manual, onde se olha a gestante e seu bebê com o objetivo de trazer saúde e conforto para ambos, dentro do que é seguro e permitido. Sendo assim, o acompanhamento deve ser iniciado até mesmo antes dessa mulher engravidar ou com aquelas que tenham dificuldade para gestar um bebê. 

Créditos: @silmaraemde

As terapias manuais podem fazer um trabalho de prevenção de dores, melhora da vascularização e movimentação dos órgãos. Porém, os três primeiros meses são os mais delicados para qualquer gestação, então, o primeiro trimestre deve ser muito bem avaliado com relação a ser realizado os atendimentos e as técnicas a serem usadas.Os dois trimestres seguintes são os quais as dores começam a ficar mais frequentes, e a procura por esse tipo de atendimento também. Como são utilizadas as mais diversas técnicas e posicionamentos, é possível atendê-las até o dia de dar a luz. 

O trabalho pode ser para dores lombares, refluxo e enjoos que podem perdurar por toda a gestação, além do alívio de dores de cabeça, do mal estar da respiração. Alguns, mais específicos são feitos para ajudar na irrigação do útero, conforto com a barriga e até no auxílio para o bebê virar se for preciso (não fazemos a versão cefálica externa, essa deve ser realizada somente por médico obstetra).

“Sempre vamos olhar para essa mulher com o cuidado que ela merece, entendendo como a parte emocional pode interferir em todo o funcionamento do corpo”

Sempre vamos olhar para essa mulher com o cuidado que ela merece, entendendo como a parte emocional pode interferir em todo o funcionamento do corpo, como as dores podem ser importantes nessa fase, gerando mais incertezas. Olhamos e cuidamos dela, e se necessário for indicaremos outros profissionais também.

Sempre fui apaixonada pelas gestantes, sempre achei fascinante o fato delas poderem gerar outra vida dentro delas. E esse amor me guiou em minhas escolhas durante a graduação de fisioterapia e na minha atuação depois. Escolhi a saúde da mulher e a osteopatia como minhas pós-graduações e eu realmente não imaginava como eu iria poder praticá-las tão bem juntas na minha terapia manual. Impossível dividir o corpo humano, impossível dividir os conhecimentos.

Hoje, eu sou Doula também, a profissional que dá o apoio físico e emocional para a mulher durante a gestação e o trabalho de parto. Então, ter a sensibilidade e o conhecimento do melhor tipo de toque para cada mulher, a cada fase do parto, saber entender as necessidades que ela me pede e o que o corpo dela precisa são formas de auxiliar toda essa passagem. Poder enxergar toda a parte fisiológica de um parto e poder estar de forma integral nesse ritual de transformação é algo que realmente me torna nova em cada nascimento.”

Créditos @silmaraemde

A mulher é beneficiada diretamente com o tratamento osteopático, já o bebê, sente os benefícios do tratamento de maneira indireta. Afinal, com a mãe mais tranquila, com os sistemas equilibrados e a circulação em ordem, ele recebe o oxigênio e os nutrientes da melhor forma possível para se desenvolver melhor.

Se você deseja atuar com excelência e fazer a diferença na vida das pacientes que se tornaram mães, conheça a Formação em Osteopatia da EOM! 

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Comece sua jornada em direção a uma carreira de sucesso na área da saúde

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A osteopatia é uma carreira de saúde para profissionais que querem melhorar seus resultados clínicos e fazer a diferença positiva na vida do paciente. Quando o raciocínio osteopático é aplicado, ganha o paciente, que se vê livre mais rapidamente dos seus sintomas, e o fisioterapeuta, que cresce muito profissionalmente e pessoalmente.